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PAC pós 2020


  • Agricultura quer-se mais sustentável e amiga do ambiente
  • Europa quer formas de produção mais sustentáveis
  • A digitalização do setor passou a ser uma prioridade
  • O Prémio Nacional de Agricultura apoia projetos sustentáveis

PAC pós- 2020

Apoiar o interior é valorizar o país

O Prémio Nacional de Agricultura está de volta e este ano traz novidades. Pela primeira vez, os projetos distinguidos pelo BPI - o principal financiador do setor agrícola em Portugal - e pelo grupo Cofina vão saltar fronteiras e começar desde logo a marcar pontos internacionalmente. Os vencedores em cada uma das três principais categorias vão ter a oportunidade de voar até Paris para visitar o Salon International de L’Alimentation (SIAL), um dos maiores certames mundiais no campo da indústria agroalimentar, alimentação e bebidas. O evento decorre em outubro de 2019 e irá dar-lhes a oportunidade de conhecer novos projetos, novos mercados e realidades, num salão que será marcado pela presença dos maiores ‘players’ do setor a nível internacional. Desta forma, o Prémio Nacional de Agricultura mostra que está alinhado com o espírito europeu e da própria revisão da PAC - Política Agrícola Comum, que pretende mais do que nunca implementar novos objetivos e instrumentos, não só com vista à sustentabilidade do modelo rural e à preservação ambiental, como também quanto à modernização, internacionalização e crescimento do setor, pela utilização intensiva dos conhecimentos e da inovação.

Outra novidade desta edição é a possibilidade que será dada às novas empresas de realizarem, perante o júri, uma apresentação (com a duração máxima de cinco minutos) sobre a sua ideia de negócio ou projeto.

Veja aqui a entrevista completa com Luís Mira, Secretário-Geral da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal.

Os novos desafios da PAC

A Política Agrícola Comum da União Europeia (PAC) foi criada em 1962 como um sistema de subsídios ao setor agrícola com o objetivo de assegurar o regular abastecimento de géneros alimentícios aos então países membros (eram seis) e garantir a todos os agricultores abrangidos um rendimento proporcional ao seu desempenho. Ao assegurar a segurança no abastecimento alimentar e a sustentabilidade económica do mundo rural, a PAC tornou-se uma das faces mais distintivas da Europa.

Todavia, ao longo dos últimos 50 anos, a União Europeia aumentou e modificou-se, o que levou a sucessivas revisões da política comum. Na atualidade, o panorama não é diferente e, por isso, para o futuro, a PAC quer precaver outras questões, como a utilização regrada e sustentável dos recursos naturais, o desenvolvimento de formas de produção que contribuam para a mitigação dos riscos associados às alterações climáticas e impeçam a desertificação das regiões rurais, bem como a promoção da digitalização do setor. A estes soma-se a criação de hábitos alimentares mais saudáveis.