A economia portuguesa segue de menos para mais
- Apesar da volatilidade das leituras de evolução trimestral do PIB português, é possível vislumbrar uma tendência de aceleração, de menos para mais, nas comparações homólogas. De facto, a economia atingiu uma dinâmica que se pode considerar fraca, com uma expansão de 1,4% em termos homólogos, no 1T 2024, e desde então tem vindo a acelerar até aos 1,9% registados nos três meses terminados em setembro, tendência que esperamos se mantenha nos próximos meses e ao longo de 2025, como explicamos no Dossier desta publicação. Custos de financiamento mais baixos, um mercado de trabalho robusto e a estabilização da inflação nos 2% impulsionarão o consumo e investimento das famílias, que beneficiam também de balanços mais saudáveis, dado o menor grau de endividamento e as poupanças acumuladas. Por outro lado, a aceleração da execução dos fundos comunitários será determinante, não só para o desempenho do investimento a curto prazo, como para reforçar a capacidade de geração de valor e o output potencial da economia. Assim, antecipamos um reforço do crescimento em 2025, ligeiramente acima dos 2% (2,3%).