Um arrefecimento saudável em vésperas de orçamento
Em Portugal, a atividade económica desapontou no segundo trimestre e o mercado de trabalho dá sinais de moderação. Em contrapartida, a inflação progride a bom ritmo para o patamar objetivo permitindo recuperação do poder de compra das famílias, mas também confirma que o menor crescimento económico nominal parece garantido condicionando por exemplo, a condição da política orçamental. No campo externo, os sinais apontam para abrandamento do crescimento, enquanto a trajetória da inflação e contenção salarial na Europa abrem espaço para a redução das taxas de juro. É neste contexto que se prepara o novo orçamento de Estado para 2025, um enquadramento em que parecem despontar alguns riscos que importa ter em consideração, tema que abordamos num artigo desta publicação.